ANDREA ANDRADE - ESCRITORA
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Que Cinderela, que nada

5/11/2017

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Foto: Swarovski
Como Cinderela após a meia-noite, desencantei e olha que nem a gata borralheira eu era...Risos...
 
Chega de “abóboras” que viram carruagens, não quero nada que minha imaginação necessite transformar em realidade antes do bater das 12 badaladas.
 
Não posso e nem quero ter limites!
 
Me desculpe, mas sou feita de infinitudes que definem meu querer.
 
Mereço mais do que meros devaneios pois eles estão bem além de um simples anseio.
 
O ordinário realmente não combina com os desejos que habitam em mim.
 
Tenho o direito de ansiar por meus sonhos ou não?
 
Serei prepotente ao desejar trazê-los para a realidade?
 
Não! Quando nos amamos de verdade não podemos sucumbir a simplicidade para satisfazer o que na realidade traz um gosto de fel à boca, como se aquele “viver” vicioso estivesse enfeitiçado nos algures escuros com o ar rançoso como se fosse uma pegadinha do Universo para me acordar diante da frugalidade de um querer desmedido.
 
Ei você, olhe onde está se metendo! Aquela carruagem na realidade é uma abóbora, eu disse, A b ó b o r a. Vai querer isso para sua vida? Pelo que vejo talvez queira noites de pesadelo?
 
O universo sabe muito bem como me despertar após certos sonhos que defino como um desintoxicar de energias que ficam impregnadas no meu ser afastando-me do verdadeiro propósito.
Que Cinderela que nada! Muito menos gata borralheira!
 
E abóbora meu bem, só se for recheada de sonhos dos quais somente eu tenho o poder de vivê-los.
 
Um pouco de pedantismo é bem-vindo para servir os “convidados” que entraram em cena para serem somente figurantes.
 
Agora falando diante ao espelho, pois estou mais para Alice entre os espelhos:
- Não deixe que nada nem ninguém lhe tire os requintes que adornam suas emoções.
Requintes que custou a você vários anos de sofrimentos. Faça a gentileza de não desejar o mínimo para você que hoje é o máximo.
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Eu, reticências

2/3/2017

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Na realidade o que me resta é o que imagino ser real.
Imaginação fundida nos alicerces existenciais corroboram e disseminam inspirações que demandam um alto índice de criatividade.
Pensamentos invadem minha mente como se estivessem fugindo de algo. Penetram o meu íntimo buscando por segredos que mantenho aprisionados.
Porque desejam saber sobre eles?
Mas como o pensar intruso já faz parte de mim, percebo que a pergunta é retórica.
Interrogações vem e vão...não me deixam em paz comigo mesma.
Pego um livro tentando persuadir minhas divagações que inundam meu refletir com reticências que parecem rirem do que tento compreender.
Ameaço pegar a borracha e lá estão elas fazendo de conta que são a ligação para algo que ainda não é...
Ou se é, não faço mais questão de saber. Quero apenas não ser.
Não sendo, Não sinto. Se não sinto já não sou e se não tenho mais significado algum talvez não me reste outro destino que seja ...
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O refúgio de todas as cores

25/2/2017

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O preto é o refúgio de todas as cores. As pessoas que "escondem-se" nessa escuridão procuram ocultar o que não pode ser descoberto. Vagam em sua própria sombra, espreitando a luz como se tivessem medo de mostrar suas verdadeiras faces.

Desejos são trancafiados e soterrados sob ameaças imaginárias que só aumentam a vontade de se libertarem dessa pesada herança sentimental.

Os sentidos permanecem intensamente aguçados apesar da anemia emocional que dia a pós dia atrofia a beleza suprimida pela apatia enraizada nas profundezas do sentir.

Não é como o céu que durante a noite revela um espetáculo estelar. Um paradoxo perfeito porque durante o dia a luminosidade do sol não permite que seu outro lado seja revelado.

Viver em negação é como morar na rua em becos escuros repletos de lixos rodeados por ratos que buscam nesta cegueira voluntária se manterem vivos.

Manter-se na escuridão é muito perigoso pois estando fora da luz não se tem discernimento de que já vive na sombra.

A escuridão é tentadora, iludindo que o melhor que se tem a fazer é continuar com essa persona formada de receios e complexos transformando e minando o poder do ego a ponto de lhe fazer calar, vivendo em completo silêncio.

 Chegará um momento em que você não fará falta para ninguém nem mesmo para você porque o que lhe faz “ser humano” é ser capaz de dar sentido ao seu sentir. É participar ativamente da simbiose de emoções.
 
Černý, palavra em tcheco que significa preto e escuro, mas também ilícito, ilegal, macabro, grotesco, mórbido, doente. Significados que abrangem toda a esfera repleta de fel e aspereza desses seres sombrios que se alojam nos recônditos insalubres de suas essências.

A nuance macabra serve como uma indumentária intimidadora repelindo as pessoas de qualquer aproximação, pois para que haja manifestação é preciso existir contradição e esses seres enlutados por emoções vivas que reverberam por toda alma tentam permanecerem resolutos em suas escolhas não dando abertura para que energias opostas sejam trocadas. Não querem sentir e não desejam ser sentidos.

São zumbis perambulando sem destino. Não morreram, mas já estão mortos. Invejam a luz, mas carregam dentro si um sol particular.

Talvez um dia quando estiverem estirados ao léu e sentirem o calor sobre a pele, acharão que estão a sonhar com um poema o qual declamam de frente ao espelho, achando que ninguém os vê, enganam-se ao perceberem que os olhos que precisam assistir aquele reflexo repleto de luz aplaudem a belíssima arte que acabaram de presenciar.   

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A deficiência em amar

15/2/2017

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Passaram anos e nunca mais se encontraram. Tinha a nítida impressão de que o universo conspirava de uma maneira que impossibilitava viver aquele amor. Um amor que poderia ser rotulado como proibido.
Não, não gostava dessa terminologia, pois sempre acreditou que proibido era não amar. Amavam a sua maneira. Uma maneira estranha e até mesmo deficiente. Precisavam de desculpas, explicações do que não era dito e principalmente de ausências justificadas através de palavras que serviam como açoites num corpo já cansado de tanto sofrer por amor.
A deficiência em amar é algo que mina os amantes sedentos de desejo. Essa frase já tinha virado jargão em sua mente. E mesmo tendo consciência desta inabilidade depositou toda sua volúpia em mais de 1500 páginas de histórias que lhe serviam como analgesia temporária para feridas que teimavam em continuar sangrando.
Das poucas vezes que se encontravam, evitavam a troca de olhares, pois temiam que eles pudessem revelar o que sentiam.
Eram amantes! Porque ser amante lhe causava tanto receio?
Amar duas pessoas ao mesmo tempo era tão provável como a presença do arco-íris após uma chuva banhada de sol. Queriam ser capazes de dizer, vamos ser amantes! Mas faltava coragem. Tinham medo de se assumirem e devido a isso suas vidas não passavam de aparências. Sim, aparência e nada mais.
Se, eram felizes assim? Claro que não.
A suposta “felicidade” que causavam aos outros quando atuavam como a família perfeita permitia camuflar uma vida sem arrependimentos.
O tempo passou e ao saber que seu antigo e único amor havia morrido num acidente, não pode conter o que havia guardado por tanto tempo dentro de seu peito. Lágrimas deslizavam sobre sua face tentando amenizar o que agora não tinha volta. O silêncio foi o que restou de um de sentimento que nem se quer presenciou o deslizar de uma das mãos sobre a carta que recebera com as palavras que tanto esperou ouvir:
“ Eu te amo!”


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Palavras que nos definem

11/2/2017

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Descobri que para uma escritora, pelo menos para mim, "certas pessoas" aparecem em nossas vidas com um único intuito, nos prover de mais palavras.
De palavras que não ousaria escrever se não tivesse motivo.
Palavras que se tornam vivas quando nos deparamos com essas "pessoas".
Não falo de qualquer pessoa. Refiro-me aquelas que inconscientemente carregam consigo um dicionário repleto de novas palavras que terão significados só para mim. Como se estivessem codificadas para serem reveladas ao nosso primeiro encontro.
Poderia chamar essas pessoas de mensageiras, mas são muito mais que isso.
São pessoas “estocadas” com definições exclusivas que me fazem expressar através de palavras imantadas com alto teor emocional textos cujo o conteúdo nunca será um mero acaso. Palavras que me intuem a escrever ininterruptamente textualizando todo o meu sentir. Palavras que se apoderam do meu pensar.
Algumas pessoas que "encontrei" foram passageiras. Como se estivéssemos num mesmo trem, assentadas uma ao lado da outra, conversando sobre a vida, amores, sonhos e outras coisas mais. E nesse diálogo que parecia informal surgia os mais variados insights que enriqueceram meu modo de expressar.
Pessoas que duram uma pequena viagem, mas com dimensões emocionais intensas e eternas. Como se o pegar do mesmo trem já tivesse um propósito divino, algo que de uma maneira ou de outra precisaria acontecer, mesmo que seja por um período breve, não importa, fizeram seu papel ao me "entregarem" o que nem mesmo elas sabiam o que estavam fazendo.
Para elas era como um piscar de olhos. Um ato involuntário que precisa ser feito para não deixar os olhos secarem. Mal sabiam, que este "ato" encheria os meus olhos de água.
Existem também pessoas que são como bússolas, “indicam” o que escrever durante minha jornada. Essas estão comigo já algum tempo. E sem saberem da importância que têm em minha vida, continuam me presenteando com palavras que quando escrevo, sei que o motivo foram elas. Pessoas que não fazem ideia, ou até fazem, de que meus livros foram escritos para elas. Pessoas que dão sentido às palavras. Pessoas que me credenciaram como, escritora.
Pessoas passageiras ou não, mas que de alguma forma fizeram com que escrevesse uma linha, uma frase, 50 parágrafos, um livro cujo personagens eram eu e elas.
Ah! Essas pessoas que merecem toda minha gratidão de modo especial.
E a forma que encontrei para agradecê-las foi imortalizá-las em meus textos para que a eternidade em sua sabedoria divina saiba que “aquelas” palavras não são somente palavras, mas o modo de estarmos juntas para sempre.
 
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Emergindo para 2017

11/2/2017

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O que lhe dá prazer?
Ver o nascer do dia que traz novas esperanças, novos anseios...
Sentir pela primeira vez emoções que lhe enchem de vida tornando suas sensações mais intensas...
O beijo que tanto procurou e que acabou sendo surpreendida por lábios que só exprimiam palavras sem sentido...
Um livro cujo enredo era o que queria para sua vida...
Conhecer um estranho e ao ouvi-lo ele dizer “oi” algo no seu coração lhe diz que não estará mais sozinha...
Mãos que acobertam seu corpo conduzindo-a ao mais puro deleite...
Ouvir aquela canção que um dia orquestrou momentos que renascem embalados por notas musicais que transformam seu sentir em melodia...
Presenciar um sorriso que consegue definir o que realmente é a alegria...
Descobrir lugares que nunca foi, mas, que de forma poética transforma sua vida em estrofes adornadas por rimas onde desconhecido combina com divertido ...
Olhar-se no espelho e dizer: parabéns você chegou até aqui...
Desfrutar do modo sutil que o universo usa para se comunicar com você, o que antes não passava de uma incógnita passa ser o capítulo que faltava em sua estória...
Transformar sentimentos em palavras para que ao serem lidas possam causar um carrossel de emoções...
Terminar este texto confessando que um dos meus maiores prazeres é compartilhar com você meus sentimentos...me desnudar de forma textual sabendo que você irá entender as minhas entrelinhas...
Prazer...em lhe desejar um Ano Novo repleto de novas descobertas e de emoções que consigam dar sentido ao seu viver. O prazer em viver cada dia com intensidade é o que muitos chamam de PRESENTE.
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