ANDREA ANDRADE - ESCRITORA
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Uma carta aberta para você

21/10/2019

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Queria te mandar uma mensagem falando que preciso de seu abraço, mas lembrei que me havia falado que a vida que escolheu te obrigou a afastar das pessoas que amava.

Era apenas um abraço...

Não precisaria durar nem 20 segundos...

Só queria sentir o seu coração sobre o meu...

Será que ainda “tocam” as mesmas “notas”?

Notas melancólicas que invocavam o que não pode ser vivido...

Outro dia, ouvindo A Viagem, da cantora Maysa, música que você adorava, entendi que dos mais de 20 anos de convivência, eu e você não passamos de versos de uma poesia repleta de rimas inacabadas.

Nosso amor é aquele que só traz dor...

Dói não poder viver o que sentimos...

Mãos que viviam entrelaçadas, e algumas trocas fortuitas de beijos no rosto e no pescoço mantinham o que sentíamos com tanta intensidade que eu conseguia nesses momentos me esquecer de mim pois tudo o que aquecia minhas emoções era você.

Mas, eram nos abraços que confirmava o ritmo perfeito de nossos corações.

Eu te amo, nunca precisou ser dito porque a prova maior e mais sublime que já presenciei foi que nossos corações soavam como um só .

Ali naquele abraço senti que o amor é muito mais profundo do que carícias sensuais.

Fazíamos amor só nos abraçando...

E agora, depois de tantos momentos que se eternizaram no meu ser e da “barreira” que ficou entre nós, busco nas palavras o fôlego que sempre desejei que surgisse entre nossos beijos.

Tivemos que aprender a nos beijar pela maneira como nos olhávamos.

Olhares que suplicavam em silêncio o anseio das bocas se roçarem.

Algumas vezes lágrimas escorriam por nossas faces como se pudessem levar um pouco de alento aos lábios sedentos de amor.

Tentava disfarçar meu olhar para você quando estávamos no meio de outras pessoas pois tinha certeza de que ele seria um grande revelador.. .

E você fazia a mesma coisa...

Sinto que ainda nos amamos em completo silêncio...

Somente em meus sonhos te tenho por completo e uso a terceira pessoa no presente em alto e bom som...

Comecei então a dar valor no meu sonhar porque era nele que podíamos viver a nossa “estória”...

Um livro passado em meus sonhos “nasceu” provando que a nossa estória mesmo em silêncio vive em “algum lugar...a editar.
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De volta pra casa

5/2/2018

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E quando acreditava que já me encontrava em meu lar, percebi que esta palavra de apenas três letras possuía um significado muito além de definições textuais.

E quando acreditava estar no conforto de meus lençóis quando raios e trovões acompanhados de tempestades eram vistos pela janela.

E quando acreditava que a lareira que me esquentava era o suficiente para aquecer tudo a minha volta.

E quando acreditava que os sorrisos recebidos eram suficientes para me alegrar.

E quando acreditava que as lágrimas que algumas vezes escorriam por minha face deixavam rastros de sofrimento, de sofrimento, apenas.

E quando me olhava no espelho e tinha certeza de que estava completa.

E quando caía o que era quase frequente, acreditava não ter mais força para me levantar.

E quando acreditava que já me encontrava em casa onde sentia segura e protegida, percebia que mesmo tendo tudo o que precisava ainda faltava algo que meus olhos não conseguiam enxergar, mas meu coração parecia notar e pulsava mais intensamente deixando minhas emoções a flor da pele.

Foi quando tomei a decisão de sair de casa no meio da tempestade, sendo empurrada pelo vento que mostrava sua violência contra meu corpo cansado de sentir dor...

Foi ali em meio a chuva que batia em minha pele como se quisesse me fazer sentir algo que nuca havia sentido...

Foi ao tentar atravessar a rua quando pisei em falso e acabei caindo numa poça d’água...

Foi ali jogada naquela poça que olhei para trás e vi com os olhos embaçados pela chuva gelada a luz que havia deixado acesa no meu quarto...

...ainda observando aquela luz dourada senti o calor de uma mão tocar meu ombro...

E quando acreditava que meu lar era o lugar onde morava, onde a luz ainda brilhava como um farol me indicando o caminho para casa, descobri através daquelas mãos que me ajudavam a levantar no meio da tempestade que ali ao de uma pessoa que acabara de conhecer me sentia muito mais segura e protegida do que em qualquer outro lugar do mundo...

Descobri naquele momento que você era o que faltava para que eu pudesse entender o verdadeiro significado da palavra lar, do sentimento intenso em olhar em seus olhos e saber que finalmente estaria voltando para casa.
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Não tenho domínio sobre o que sinto

7/10/2017

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Não falo de emoções e sentimentos genéricos ou ordinários, mas de algo mais profundo, se é que exista algum termo que possa definir...

Não gosto de iniciar textos com negativas que impregnam as palavras com nulidades “polindo” cada sentença como se “nunca” pudesse também ser considerada uma negação, porém a probidade tem seu lugar na primeira fileira do palco teatral que meu “coração” encena de modo visceral.

Retrouvailles, palavra que expressa o sentimento de alegria, êxtase que sentimos quando finalmente encontramos a pessoa que amamos, após uma longa separação, no meu caso mesmo que esse encontro se dê através dos sonhos, não deixa de ser “real”.

Acredito que esse termo francês consiga definir o “furor” que incendeia meu sentir de modo que não consigo ter controle sobre ele.

É como tentar segurar um sabonete molhado.... Você tenta, tenta e chega uma hora que ele se esvai deixando seu olhar acompanhar sua trajetória.

Assim acontece comigo! Resta-me mãos ensaboadas, e nada a mais! Não queria deixar de ter controle, mas ao mesmo tempo gostaria de saber o que aconteceria. Esse paradoxo aumenta exponencialmente as reticências que tanto queria transformar em pontos finais...

Chego a extrapolar minhas reflexões, dando créditos definitivos aos meus sonhos que se confundem com a realidade. Talvez o amor que carrego até mesmo fisicamente de tamanha intensidade deva ser vivido na realidade onírica onde algum tempo já somos nós.

É nesta realidade embalada pelo cerrar ansioso de meus olhos que me credencio como uma pessoa que ama e é amada como nunca imaginou, nem mesmo quando sem querer me pego sonhando acordada...
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Ame romanticamente

12/6/2017

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A beleza e intensidade do luar me faz admirar a luminosidade frágil que passa pelas folhagens criando um cenário digno para os românticos. Assim como Rousseau definiu pitorescamente o romantismo como o sentimento causado ao apreciar uma paisagem, os românticos são contagiados pelo esplendor da lua que traz na essência do sentir a necessidade de se ter alguém para amar.

Bem-aventurados os que não somente tem a quem amar, mas que principalmente amam romanticamente. Sou um desses seres!

Seres que amam por amar mesmo sabendo que esse amor requer peripécias mentais para que ao menos seja vivido na imaginação. Melhor ainda se conseguimos vive-los no mundo dos sonhos.

São sofredores de natureza artística e visionária. Não concebem o tempo cronológico como real, para eles as horas, os minutos e os segundos são apenas metáforas criadas para iludir os desistentes de amores impossíveis. Amores que necessitam de uma dose nostálgica e criativa para manterem-se vivos.

São seres que não sabem amar sem romancear. Não existe amor sem prosa e muito menos sem poesia. Não existe um só romântico que não sofra por amor. Oscar Wilde diz que a essência do amor é a incerteza. Nós românticos precisamos de amores incertos que nos obrigam criar situações para que possamos demonstrar toda nossa forma de amar romanticamente.

Gostamos de falar do que sentimos para o ser amado. Não temos receio de que nossas palavras serão em vão. De uma maneira ou de outra o que dizemos gera uma ação. Na maioria delas a reação é não ter reação.... Somos especialistas em deixar nossos amores literalmente sem palavras...
Fazer o que? É de nossa índole sermos sentimentais demais.

Nos dá prazer imaginar o que o outro irá sentir ao provar do nosso romantismo. E se nada sentirem não tem problema, sempre iremos sentir o que nos propomos fazer em nome do amor.

Os românticos são “armados” de artimanhas que servem como iscas fazendo a pessoa amada acreditar no impossível. Somos denominados por alguns como um clã perigoso por termos esse engodo que as pessoas normais não possuem.

Se for amar, ame romanticamente, pois não existe nada mais terrível do que viver sem ter o que esperar. Sem ter por quem lutar. Sem ter para quem escrever o que sentes. Sem ter pelo que sofrer. Sem ter pelo que chorar. Do que vale as lágrimas que deixamos escorrer pela face se não for em nome do amor. Lágrimas que acabam sendo textualizadas em centenas de páginas que quando percebe tornou-se um livro.

Ser romântico requer atitudes elegantes e refinadas, onde os sentimentos são tecidos de forma poética de modo que quando beijamos, deixamos estrofes nos lábios de quem amamos para que possam serem ouvidas a cada novo respirar.

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Ludus

18/2/2017

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Amor, a inesgotável fonte de inspiração!
Falar sobre esse sentimento requer conhecimento de causa, seja para qualquer tipo.
Se nossas experiências são joguetes do destino, o amor é a engrenagem fundamental para que a dinâmica da vida transcorra da melhor maneira possível.
Muitos afirmam que quando se joga com sentimento, não existe amor, eu particularmente não concordo. Na teoria de Alan John Lee sobre estilos de amor, ele considera o Lupos como uma forma de amar.
Quem nunca jogou quando está amando, que lance os dados.
Temos uma atração racional de confirmar os sentimentos, para isso fazemos jogadas inesperadas, às vezes até blefamos com único intuito, testar o ser amado.
Surge então a pergunta, para que testar quem te ama?
E a resposta lógica, seria, porque não tenho certeza de que ele(a) me ama.
O fato é que mesmo tendo certeza de que seu amor é correspondido, sentimos uma necessidade de colocá-lo a prova e para isso usamos artimanhas que nos revele de forma sutil o que desejamos comprovar.
Se eu te amo é porque você de alguma forma me fez sentir assim.
Apostamos todas nossas fichas nesse sentimento que nos sucumbe as reações mais adversas.
Lançamos os dados e esperamos sair vitoriosos.
Às vezes perdemos as fichas, mas em troca sabemos que essa perda foi para algo maior, a confirmação de que somos realmente amados.
Não interessa saber se ele(a) é sensual, charmoso(a), elegante, o que realmente importa é a comprovação dos sentimentos.
E não se esqueça, seu maior oponente será suas próprias jogadas.

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A deficiência em amar

15/2/2017

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Passaram anos e nunca mais se encontraram. Tinha a nítida impressão de que o universo conspirava de uma maneira que impossibilitava viver aquele amor. Um amor que poderia ser rotulado como proibido.
Não, não gostava dessa terminologia, pois sempre acreditou que proibido era não amar. Amavam a sua maneira. Uma maneira estranha e até mesmo deficiente. Precisavam de desculpas, explicações do que não era dito e principalmente de ausências justificadas através de palavras que serviam como açoites num corpo já cansado de tanto sofrer por amor.
A deficiência em amar é algo que mina os amantes sedentos de desejo. Essa frase já tinha virado jargão em sua mente. E mesmo tendo consciência desta inabilidade depositou toda sua volúpia em mais de 1500 páginas de histórias que lhe serviam como analgesia temporária para feridas que teimavam em continuar sangrando.
Das poucas vezes que se encontravam, evitavam a troca de olhares, pois temiam que eles pudessem revelar o que sentiam.
Eram amantes! Porque ser amante lhe causava tanto receio?
Amar duas pessoas ao mesmo tempo era tão provável como a presença do arco-íris após uma chuva banhada de sol. Queriam ser capazes de dizer, vamos ser amantes! Mas faltava coragem. Tinham medo de se assumirem e devido a isso suas vidas não passavam de aparências. Sim, aparência e nada mais.
Se, eram felizes assim? Claro que não.
A suposta “felicidade” que causavam aos outros quando atuavam como a família perfeita permitia camuflar uma vida sem arrependimentos.
O tempo passou e ao saber que seu antigo e único amor havia morrido num acidente, não pode conter o que havia guardado por tanto tempo dentro de seu peito. Lágrimas deslizavam sobre sua face tentando amenizar o que agora não tinha volta. O silêncio foi o que restou de um de sentimento que nem se quer presenciou o deslizar de uma das mãos sobre a carta que recebera com as palavras que tanto esperou ouvir:
“ Eu te amo!”


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