Sinto, logo desaguo num mar de reflexões que me fazem crer que pensar não basta para existir.
Pensadores que guardam para si todo aparato não só intelectual, mas de sensações que lhe acometem não podem ser prova inconteste de que um dia existiram. Mais do que qualquer empirismo o meu saber vem de sensações, de emoções causadas ao apreciar um céu azul, ou sentir as gotas das ondas que rebatem na praia, ou até mesmo perceber que o beija-flor bate mais rapidamente as asas quando está a experimentar uma flor. Na obra Metafísica de Aristóteles ele diz: Quem ama os mitos, é de certa maneira filósofo, porque o mito resulta do maravilhoso. E realmente é um delírio extremamente extasiante! Trabalhar a consciência de modo que possamos elaborar teorias sem teor lógico pode parecer insensatez, mas é divinamente prazeroso. Sem a razão o que unicamente experimentamos é a emoção. O ato de pensar não é suficiente para que o outro saiba que você realmente “experenciou” algo. É preciso primeiramente sentir para que se possa então refletir. Um sentir aguçado daqueles que te levam ao patamar da inquietude que beira algumas vezes a insanidade que por ora denomino de misticismo. Para exemplificar citarei São Tomás de Aquino que se deparou com Jesus, mas que creditou essa aparição física, olho no olho, como simples demais em relação ao que antes experimentara misticamente. Isso porque a imaginação vem impregnada de magia, de um cenário onírico repleto de epopeias o que dificulta sentir algo parecido quando se está de “olhos abertos”. São sensações lapidadas que ditam poeticamente um conhecimento personalizado não só das causas, mas principalmente das origens emocionais que se iniciam em cada ser humano. Porque só os que dizem as causas de cada coisa, é que ensinam, dizia ainda Aristóteles na obra já acima citada. Ora, fica nítido de que em nossas emoções o sentir é sabedor das causas e sendo assim os obstáculos e prazeres podem ser compreendidos pois sabemos de onde vieram.
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Os pensamentos vêm e vão, assim como as ondas que tocam a areia e voltam para seu habitat natural.
Alguns demoram a voltar para o mar, já outros chegam e parecem ancorar, sem nenhum prognóstico de sair de nossa mente. Reter ou tornar um hábito o modo como pensamos, que denomino âncoras, fica recorrente e é algo que, aos poucos, drena nossa energia vital. Pensamentos foram feitos para serem pensados e “dispensados”, se me permite o jogo de palavras. Parece até redundância e é, mas o que quer que deseje “morar” em sua mente, ao invés de “hóspede”, passa a ser intruso. Como uma pessoa que você convida para passar férias em sua casa e depois do tempo estipulado, sem lhe pedir permissão, passa a morar com você. Sem jeito de mandar o “convidado” ir embora, tentamos fazê-lo perceber que temos nossos afazeres e que não podemos “sustentar alguém” usufruindo da nossa “vida”. O tempo passa e o “convidado”, mesmo desconfiado de que não é bem-vindo, insiste em ficar. Pensar é saber dispensar. Não se deixe à mercê de pensamentos negativos! Os pensamentos vêm e vão, assim como as ondas que tocam a areia e voltam para seu habitat natural. Alguns demoram a voltar para o mar, já outros chegam e parecem ancorar, sem nenhum prognóstico de sair de nossa mente. Reter ou tornar um hábito o modo como pensamos, que denomino âncoras, fica recorrente e é algo que, aos poucos, drena nossa energia vital. Pensamentos foram feitos para serem pensados e “dispensados”, se me permite o jogo de palavras. Parece até redundância e é, mas o que quer que deseje “morar” em sua mente, ao invés de “hóspede”, passa a ser intruso. Como uma pessoa que você convida para passar férias em sua casa e depois do tempo estipulado, sem lhe pedir permissão, passa a morar com você. Sem jeito de mandar o “convidado” ir embora, tentamos fazê-lo perceber que temos nossos afazeres e que não podemos “sustentar alguém” usufruindo da nossa “vida”. O tempo passa e o “convidado”, mesmo desconfiado de que não é bem-vindo, insiste em ficar. Pensamentos âncoras são assim! Se você não os “manda” embora, eles ficam. É muito cômodo “deixar tudo” como está” porque toda mudança exige de você um novo padrão de atitudes. Uma nova maneira de pensar. Como adquirir o hábito de ter pensamentos sadios? Tenho por prática imaginar uma lousa, onde tudo o que não quero pensar está ali escrito. Em minhas mãos seguro um apagador e o passo sobre todos os pensamentos e visualizo desaparecerem cada um deles. Utilizo este método até que não retornem mais. Como disse anteriormente, é uma prática que pode demandar algum tempo. Não se deixe à mercê desses pensamentos! Você pode se tornar refém deles. Lembre-se sempre de que pensar é saber “dispensar”! |
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December 2019
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